Monte Alto já conta com 24 casos confirmados de dengue e 102 pessoas aguardando o resultado dos exames.  Isso preocupa a Vigilância Epidemiológica, que vem colocando em prática ações para erradicar focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.

Os bairros que mais apresentam casos da doença e de suspeita são o Jardim Alvorada, Centro e Bela Vista, nesta ordem. No Alvorada, mutirão foi realizado na última semana e agentes de saúde insistem em retornar, buscando contato com proprietários de imóveis que não puderam receber a visita dos profissionais, por motivo de ausência ou negação. No início da semana, nebulização também foi realizada no bairro. Segundo a diretora Micheli Deolindo Neves, é importante que os moradores e comerciantes colaborem mais com a equipe. “Das 200 casas que não conseguimos visitar durante a semana passada e no mutirão, apenas em 83 conseguimos resultado positivo, retornando em outros horários e dias”, explicou. Outro ponto desfavorável, na região central da cidade, é a dificuldade para realizar a nebulização, devido ao tráfico de pessoas e o comércio. Por isso, é fundamental que os empresários confiram seus imóveis, principalmente áreas abertas nos fundos que possam acumular água da chuva. Já no Bela Vista, que todo ano está entre os bairros com maior número de casos, um dos problemas é o grande número de piscinas, que não recebem a devida atenção dos seus proprietários.

Com o aumento de casos, a Vigilância Epidemiológica reinaugurou o Ambulatório de Arboviroses, instalado na UBS “Dr. Roberto da Rocha Leão”, no Conjunto Habitacional Bandeirantes. A unidade foi aberta pela primeira vez em março de 2017, recebendo todos os munícipes diagnosticados com a suspeita de dengue, chikungunya e zika, atualmente com o acompanhamento da Dra. Kellen Teixeira Ruellas, médica que fica agora responsável pelo ambulatório e que já esteve como diretora da Vigilância Epidemiológica, na gestão passada.

O atendimento no Ambulatório de Arboviroses é iniciado após a consulta em consultório médico, Pronto Socorro ou através dos convênios. Ao identificar a suspeita de uma das doenças relacionadas ao mosquito transmissor, o médico encaminhará o paciente para o local, para iniciar-se o diagnóstico e acompanhamento. A previsão é que o ambulatório fique ativo até meados de junho, compreendendo a época mais preocupante da doença. Após este período, com a diminuição drástica do número de casos, os atendimentos conseguem ser realizados nas unidades de saúde espalhadas pelo município.