Lintas Serayu

Farmácia Municipal e Vigilância em Saúde realizam campanha de conscientização sobre descarte de medicamentos

O descarte incorreto de medicamentos, que pode gerar diversos problemas, como poluição de águas subterrâneas, ingestão acidental de medicamentos por animais, poluição do solo, entre outros. As consequências do descarte incorreto dos fármacos para o meio ambiente ainda não são muito conhecidas. Entretanto, a grande preocupação em relação à sua presença no meio ambiente são os potenciais efeitos adversos para a saúde humana, animal e de organismos aquáticos.

Segundo a Brasil Health Service, para cada 1 quilo de medicamento descartado no lixo comum ou no vaso sanitário, cerca de 450 mil litros de água são contaminados. O solo contaminado por compostos farmacêuticos é dificilmente tratado, sendo, portanto, que absorve os elementos químicos que compõem os remédios e dependendo da concentração pode acarretar grandes problemas. Em estudo do ISEP (Instituto Superior de Engenharia do Porto), que utilizou plantas anaeróbicas para fazer tratamento do solo, o resultado indicou que os medicamentos não são totalmente removidos.

Pensando nisso, a equipe da Farmácia Municipal, formada pela coordenadora Vanessa Simão Christopharo Bastos, Ana Beatriz Delfino Tozetti Zavatti, Jussara S. Bertoz, Daniela Regina Bonatto e Izilda Maria da Silva, recebe os medicamentos vencidos de toda a população, para fazer a triagem e proceder ao descarte correto dos mesmos. É necessária, também, a conscientização da população em relação à correta destinação final de medicamentos e dos problemas que podem ser ocasionados, caso esta seja efetuada de forma incorreta. A conscientização pode ser feita, através de programas educativos e campanhas de arrecadação de medicamentos em desuso.

Nos últimos 30 dias, foram descartados de maneira consciente mais de 175 quilos de medicamentos, representando a preservação de 78.750 mil litros de água). O brasileiro consome, em média, 159 litros de água ao dia, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Essa ação preservou a qualidade de água consumida por 495.283 pessoas durante um dia. Aproximadamente 10 dias de toda a população de nosso município.

No ano de 2017 aproximadamente 570 quilos de medicamentos tiveram destino consciente. Segundo Júlio, diretor da Vigilância em Saúde, essa prática deve ser adotada como hábito do cidadão, preservando assim o maior bem que o planeta Terra possui, a água.

Como e onde descartar medicamentos:

Plantas medicinais: Podem ser descartadas no lixo comum, pois são considerado lixo orgânico. Se estiverem encapsuladas devem ser descartadas em local específico para medicamentos.

Medicamentos alopáticos sólidos (antibióticos, antiinflamatórios,…) e Cápsulas com extratos secos: Devem ser descartadas em local específico para medicamentos.

Medicamentos homeopáticos líquidos: Devem ser descartadas em local específico para medicamentos.

Glóbulos homeopáticos: Devem ser descartadas em local específico para medicamentos.

Recipientes de vidro dos produtos homeopáticos: Devem ser limpos com água fervente e encaminhados para o local específico para medicamentos.

Recipientes de vidro de medicamentos alopáticos (xaropes, soluções etc): Não retirar o restante do produto da embalagem, devem ser levados em local específico para medicamentos.

Recipientes plásticos que acondicionam semi-sólidos como cremes, pomadas e loções: Devem ser limpos com papel e depois em água corrente com sabão. Em seguida o recipiente e o papel usado para retirada do excesso de produto devem ser encaminhados ao local de descarte específico para medicamentos.