Lintas Serayu

Monte Alto tem sábado animado com o Circuito Sesc de Artes

No sábado (6), o Circuito Sesc de Artes em sua 11ª edição, esteve em Monte Alto, com atrações. O circuito é realizado desde 2008, com o intuito de divulgar trabalhos artísticos, inspirar e aproximar pessoas, além de levar a arte democrática a todos, aproveitando o espaço público.

A programação do circuito, que acontece em 121 cidades, foi lançada em março e chegou a região de Catanduva em abril, nas cidades de Monte Alto, Olímpia, Ibirá, Bebedouro, Santa Adélia e Novo Horizonte.

O Sesc traz 490 artistas de diferentes lugares do Brasil e do mundo, com atrações de artes visuais, música, circo, fotografia, cinema, teatro, dança, tecnologia e literatura, todos gratuitos e abertos ao público.

A tarde de sábado contou com uma Oficina de Autômatos, pelo coletivo criativo de designers e artistas, o Máquina Tudo. O público pôde construir brinquedos autômatos com peças de madeira e materiais como cartolina, tinta e cola. Já com as peças cortadas a laser e projetadas com diferentes encaixes. Foi possível ver a demonstração do funcionamento de engrenagens, manivelas, correias e pistões.

Para quem curte artes visuais, o grupo Oficina do Olhar apresentou a Câmera-Caixote, que mostrou ao público o processo tradicional de fotografia. A foto é feita com papel fotográfico à base de prata, onde a imagem é revelada nos produtos químicos dentro da Câmera-Caixote. O resultado é uma fotografia em negativo.

Aos amantes do universo HQ, foi feita uma mediação de leitura pelo grupo A Cor-Ação Cultural, que levou um carrinho de carga, com livros, bancos, tapetes, espreguiçadeiras e sinalização do espaço, tudo envolto do ambiente de histórias em quadrinhos.

Além disso, a tarde também contou com um espetáculo de tecitura, apresentado pela Quik Companhia de Dança, que em um conjunto de corpo, espaço, objeto, imagem e voz, compõe as danças. A Companhia convidou o público à percepção e criação de sentidos para os movimentos.

Outra atração para divertir os espectadores foi a Companhia Trotamundos (ARG), com Histórias de um Baú. O grupo argentino faz a junção de teatro e circo, usando acrobacias, técnicas de bolas de malabarismo e aros de bambolês.

Quanto a música, três artistas, compositores e também amigos, se juntaram ao público para compartilhar histórias de suas trajetórias. Paulo Freire, um violeiro, autor de trilhas e escritor. Mauricio Pereira tem seis álbuns lançados, englobando a banda “Os mulheres Negras”. Wandi Doratiotto é membro do grupo “Premeditando o Breque” e também apresentador do programa “Bem Brasil” na TV Cultura por 17 anos.

Completando o dia de cultura, o Grupo Imbuaça, de Sergipe, trouxe nove atores para interpretar 22 canções que fizeram parte da história do coletivo, comemorando o que é ser artista popular e levar a arte em praças públicas. O espetáculo “Mar de Fitas, Nau de Ilusão” sugeriu um olhar para as quatro décadas do Imbuaça e sobre como a turma ficou conhecida pela resistência e defesa da cultura popular.