Lintas Serayu

Parceria entre Prefeitura e Associação Protetora visa a proteção animal

O abandono de cães e gatos nos municípios brasileiros é, notoriamente, um dos maiores problemas urbanos na atualidade.

A criação de um Canil Municipal, local que poderia receber estes animais, foi fundamental para a busca da solução a este problema. Mantido com a ajuda de profissionais fornecidos pela Prefeitura de Monte Alto e de integrantes da APAMA (Associação Protetora dos Animais de Monte Alto), a união de esforços tornou realidade o projeto. De janeiro a março deste ano, 25 animais foram encaminhados a seus novos lares, com a adoção responsável fruto de campanhas de orientação.

O Canil Municipal está em funcionamento desde 2013, com o objetivo de controlar as doenças transmitidas pelos animais aos seres humanos (zoonoses), evitar acidentes de trânsito, ataques às pessoas (mordidas, por exemplo) e maus tratos aos animais. A quantidade de animais varia diariamente com a chegada e adoção de animais, nascimentos e óbitos. Atualmente, 197 cães são mantidos no local.

Para adotar um cão no Canil Municipal a pessoa deve se direcionar à APAMA, ser maior de dezoito anos, apresentar identidade, CPF e comprovante de residência, estar ciente que este animal irá viver em média 15 anos, necessitando de tempo para cuidados, prover ao cão uma alimentação adequada, vacinas, vermífugos, cuidados veterinários e assinar um termo de posse responsável pela adoção, onde são discriminados seus dados pessoais as características do animal adotado, bem como os itens de uma posse responsável e as leis de abandono e maus tratos. A APAMA realiza visitas e entrevistas com as pessoas que tem interesse de adotar algum animal e após a adoção acompanham o mesmo em seu novo lar.

Abandonar animais é um ato de crueldade e nestes casos a APAMA realiza vistorias in loco para averiguação de cães e gatos sob suspeita de maus tratos.

Ter um animal de estimação contribui para aumentar a qualidade de vida, no entanto, uma população animal não controlada constitui alguns riscos como a propagação de doenças, ameaçando a saúde pública.

A função do canil é estimular nos cidadãos a posse responsável de seus animais de estimação. O canil deve despertar nos donos dos animais a responsabilidade quanto à saúde pública, segurança das pessoas e pela vida do animal.

Esta é uma oportunidade de orientar toda a população sobre a posse/guarda responsável de animais e enfatizar que abandono caracteriza-se crime de maus tratos aos animais.

PROJETO DE CASTRAÇÃO

São realizadas castrações de cães e gatos, machos e fêmeas, de munícipes perante preenchimento prévio de ficha de castração na APAMA.

Pelo Projeto de Castração da Prefeitura Municipal em parceria com a APAMA já foram castrados, em 2016, 800 animais. Em 2017, o número subiu para 1120 animais e entre janeiro e março deste ano, foram castrados 300 animais, estes todos chipados.

Este projeto é de extrema importância no controle da população canina e felina do município, que cresce de maneira desordenada, favorecendo o abandono de animais, pois nem todos acabam conseguindo um lar. Mesmo o município possuindo um Canil, existe um número limitado de cães que podem ser abrigados.

Uma das soluções para esta grande quantidade de animais errantes é a castração. Através de um animal castrado já são evitados uma média de 5 a 10 filhotes. Evitando uma prenhez indesejada, evitamos ninhadas abandonadas e assim teremos menos cães na rua.

A castração também é indicada para a prevenção de doenças como tumores prostáticos, testiculares, mamários, uterinos, além de infecções de útero e testículos. Os animais castrados têm menor probabilidade de desenvolver um comportamento agressivo e, muitas vezes, a castração é indicada com essa finalidade: diminuir a agressividade em cães e gatos. Assim, vale a pena considerar este assunto. Cada caso deve ter a avaliação e orientação de um médico veterinário. A cirurgia de castração é simples e rápida e o pós operatório bastante tranquilo, principalmente em animais jovens. É utilizada anestesia geral e o animal já está ativo 24 horas após a cirurgia. Não há nenhuma consequência maléfica para o animal que continua a ter vida normal.

A perpetuação de doenças geneticamente transmissíveis como epilepsia, displasia coxo-femural, catarata juvenil, etc.. (em animais que tiveram o diagnóstico dessas e outras doenças) também são evitadas com a castração.

CHIPAGEM DE CÃES

Conhecido popularmente como Microchip, é um microcircuito eletrônico constituído de código exclusivo e inalterável, encapsulado em biovidro cirúrgico, revestido de substância biocompatível antimigratória para uso em animais.

O microchip é inserido com uma agulha hipodérmica debaixo da pele do pescoço do animal e é ativado quando um scanner passa por cima do local. Quando é ativado, o microchip emite uma frequência de rádio e o número de cadastro daquele chip aparece no scanner – com esse número, é possível acessar no banco de dados da fabricante do chip, o seu nome, telefone e outras informações.

Ter um microchip inserido por uma agulha hipodérmica causa o mesmo desconforto que qualquer injeção, não sendo necessário anestesiar o animal.  O microchip é inserido sob a pele, que começa a incorporá-lo e fixá-lo dentro de 24 horas, evitando que ele se mova. Existe uma chance de que o microchip se mexa um pouco, mas não vai ficar perdido no corpo do animal.

Embora a agulha do aplicador de microchip tenha o diâmetro um pouco maior do que uma agulha de aplicador de vacina, os animais reagem da mesma maneira, sendo o procedimento indolor. O microchip é completamente biocompatível e inofensivo à saúde do animal. Não há virtualmente nenhuma possibilidade de desenvolver processo alérgico ou de rejeição do microchip após corretamente injetado no animal.

O microchip não possui bateria e fica inativo a maior parte do tempo, sendo energizado apenas quando recebe um sinal enviado pela leitora. Após a aplicação, permanece com o animal por toda sua vida. Fornece seu número exclusivo toda vez que for “scaneado” pela leitora, enviando seu código que é mostrado no visor desta, sendo possível o envio da informação para um computador. Como o microchip não contém bateria, não há nada para se desgastar. Sua durabilidade é o tempo em que o biovidro demora em se decompor, ou seja, mais de 100 anos. Os microchips e leitoras obedecem as normas internacionais ISO11784 e ISO11785, pois estas regulamentam o uso de microchip em animais, determinando o tipo, controlando a numeração exclusiva do microchip e para possibilitar que o animal seja identificado em qualquer lugar do mundo através da leitura do microchip por qualquer leitora dentro das normas. A aplicação pode ser feita a partir do 10º dia de vida do animal.

Todos os animais que passam pelo canil municipal e os que são castrados no castramóvel são chipados. Está em andamento decreto relacionado a obrigatoriedade de chipar todos os cães da cidade de Monte Alto, contribuindo principalmente para a identificação dos proprietários de cachorros que são encontrados nas ruas, muitas vezes abandonados, ou até mesmo pela responsabilização do proprietário por casos de maus tratos ou agressividade do cão frente a outros animais ou pessoas.

Qualquer animal com registro oficial pode entrar no cadastro e ser identificado com microchip. O chip só vai mostrar na leitora sua fabricante e um número de identificação, que o veterinário vai inserir no banco de dados online daquela marca e encontrar seus contatos básicos.