Lintas Serayu

Com o passar dos anos a capela construída por Flávio Antônio de Oliveira tornou-se pequena para abrigar os devotos que recorriam a Nossa Sra. da Conceição especialmente nas festas de 8 de dezembro, como era no início.
Em 1865 foi construída a segunda capela votiva com a ajuda de Prudente José de Siqueira e Manoel Lopes, bem maior que a primeira, de pau a pique, com telhas de barro sendo assoalhada com tábuas de madeira tendo as paredes caiadas. Esta igreja construída em madeira e barro tinha forro de tábua de madeira. Era composta por uma nave onde ficavam os bancos e duas laterais separadas por colunas de madeira ficando o telhado com duas águas no centro e uma água de cada de cada lado, bem ao estilo colonial. As portas e janelas eram de madeira. Havia no interior um pequeno coro com escada em madeira. Na entrada, à direita, ficava a pia Batismal, de mármore branco. O altar por sua vez era em madeira pintado de azul e branco tendo ao centro a Senhora da Conceição ( a original ) e dos lados as imagens de São Sebastião e do Divino Espírito Santo. As demais imagens dos santos ficavam nas laterais em pequenos suportes de madeira fixados nas paredes pintados de branco. Ao lado esquerdo do presbitério estava a sacristia onde se guardavam as alfaias litúrgicas e os livros de registros de terras, de batizados, de casamentos e de crônicas do lugar ( tombo ) e do lado direito estava o púlpito de pregação.
Dentro do estilo colonial esta segunda Igreja naquela época era bem grande e bonita para abrigar os devotos que cada vez aumentavam mais a “fama dos milagres da Senhora da Conceição”. Ao lado direito do altar havia uma pequena sala onde eram colocados os ex-votos trazidos pelos romeiros em cumprimento de promessas por graças alcançadas.
Esta nova capela de Nossa Sra. da Conceição era procurada pelos fazendeiros e colonos das fazendas vizinhas onde se casavam, batizavam seus filhos e onde faziam suas súplicas, promessas e devoções. Todos os anos no dia 8 de Dezembro festejavam, depois de uma novena, a padroeira da “Capela do Patrimônio” ou “Capela da Conceição” como era chamado o lugar. Perto da capela, a uns cem metros acima, foi construído o primeiro cemitério público que ali ficou até 1924. Daí que a capela era usada também para as cerimônias de exéquias. Foi o primeiro prédio público da região.