Cidade foi uma das 1.192 a estar apta ao voto; Consórcio Nacional de Vacinas tem como meta compra de 20 milhões de doses
Conectar. Esse é o nome do mais novo consórcio nacional formado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP): o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar).
A votação de seu estatuto, nessa segunda, 23, consolidou a última peça burocrática necessária para que se parta ao prático. Monte Alto esteve presente na votação, virtual, onde 99,2% dos municípios aprovaram o documento. Foram 1.192 cidades com direito a voto.
A proposta do conectar é direta: obter 20 milhões de doses no primeiro semestre deste ano.
Para isso, o Conectar possui uma consultora, a epidemiologista Carla Domingues, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. Segundo Domingues, essa quantia deliberada como meta pode ser considerada um dado realista.
COMO FAZER?
São três caminhos. O primeiro seria tentar imunizantes via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS).
Outra possibilidade seria um acordo com o consórcio internacional Covax Facility. O Brasil já integra o consórcio e essa relação visaria uma antecipação de parte das doses já adquiridas.
Ainda se tentará contatos diplomáticos com países que já têm a vacina em estoque, com os EUA e alguns países europeus.
Trabalhando nessas três frentes, a consultora crê nessas 20 milhões de doses, o que adiantaria o cronograma brasileiro em um mês.
Hoje, o Brasil pretende atingir 80 milhões de vacinados entre julho e agosto.
Ainda há a esperança, em cenário mais otimista, da compra da russa Sputnik V, ainda não produzida no Brasil; assim, essa meta de 80 milhões de imunizados poderia ocorrer ainda no primeiro semestre.