Dentre os itens estão uma bengala e um telefone de parede que pertenceu ao familiar

Fundado em 1992, sendo responsável por preservar a memória de Monte Alto através de fotos, jornais antigos e milhares de peças doadas pela população, o Museu Histórico e Cultural “Dr. Fernando José Freire de Andrade”, recebeu um grande acréscimo em seu importante acervo.

Na tarde de quinta-feira, 14, o local recebeu a visita de Joaquim Luís Bueno do Livramento, morador de Limeira/SP, e neto de Nhonhô Livramento – figura histórica do município, que empresta seu nome à ‘rua central’.

A visita foi uma celebração ao passado. Além de conhecer as instalações do Museu, Joaquim entreteve a todos os presentes com as histórias de sua família – recheada de detalhes – e doou quadros de seus avós paternos (Joaquim ‘Nhonhô’ Livramento e Lúcia Alves do Livramento), bisavós paternos (Herculano Bueno do Livramento e Gertrudes Carolina Alves de Lima Bueno do Livramento) e do seu tio avô, ‘Herculaninho’, irmão de Nhonhô; artigos de jornais, revistas, fotografias e manuscritos sobre a família Livramento, que chegou em Monte Alto em 1891; um livro raro intitulado “Impressões do Brazil no Século Vinte”; uma garrafa de cristal do século XIX; quatro cálices em cristal; um copo em prata Christofle; uma pequena cestinha espessurada à prata; e uma bengala que pertenceu a Nhonhô; um telefone de parede de mais de 100 anos, produzido na Suécia.

“Embora não mais residentes em Monte Alto, nossa família e seus descendentes guardam no coração, com muita gratidão, as lembranças de carinho e apreço que sempre receberam do povo montealtense”, diz Joaquim em documento entregue ao diretor de Cultura, Thiago Colatrelli Nunes, que na ocasião esteve acompanhado pela coordenadora do Museu, Sandra Tavares, diretor de Turismo, Renan Petrasso, e funcionários do Museu.

Os itens recebidos serão catalogados e em breve estarão à disposição dos visitantes do Museu Histórico e Cultural.

HISTÓRIA

A família Livramento descende de portugueses açorianos que vieram para o sul do Brasil em meados do século XVII. Eram católicos e muito devotos à Nossa Senhora do Livramento. Receberam uma grande graça na família, com a cura de um de seus membros, que se encontrava doente desenganado. Em gratidão e homenagem à Nossa Senhora do Livramento, seu nome foi colocado no sobre da família, chegando até os dias atuais.