Lintas Serayu

NOTA SOBRE MATÉRIA DA FOLHA DE S.PAULO: VACINAS “VENCIDAS”

O grupo Folha de S. Paulo lançou matéria na tarde dessa sexta, 2 de julho, relatando que milhares de pessoas teriam sido vacinadas com lotes de AstraZeneca fora do prazo de validade.

Monte Alto estaria nessa leva, com 7 pessoas imunizadas com um dos lotes, o 4120Z004, com vencimento em 13 de abril.

Ao acionarmos a Secretaria de Saúde de Monte Alto, de pronto foi garantido que ninguém tomou vacina alguma sequer perto do prazo de validade.

Porém, na listagem, retirada pela reportagem do sistema DataSUS, constavam 7 pessoas.

Uma delas é o fisioterapeuta Márcio Tsumoto. Márcio realmente tomou a vacina desse lote – mas não em 28 de abril, como consta no sistema.

Aliás, ao olhar a tela dele no Vacivida, vemos que a primeira e a segunda dose estão na mesma data. Por essa data, a vacina estaria vencida há 15 dias. Mas não foi isso que ocorreu.

O fato é que das 430 pessoas imunizadas em Monte Alto com esse lote de AstraZeneca entre os dias 29 de janeiro e 12 de fevereiro (longe do seu vencimento, em 13 de abril), 11 pessoas, segundo o levantamento da Saúde local, não tiveram a primeira dose confirmada no sistema Vacivida, do Estado de São Paulo, que alimenta o DataSUS, consultado pela Folha.

A secretaria, diga-se, ‘sobe’ todos os registros, um a um. Porém, apresentando muita instabilidade, o Vacivida já trouxe bastante dor de cabeça aos gestores.

Quando vieram tomar a segunda dose, 11 montealtenses, como o Márcio, nem souberam: mas o registro da primeira dose não constava no sistema.

Por isso, acabou-se registrando de novo a primeira dose, quando foram inserir a segunda dose no sistema, o que ocorreu no mesmo dia da segunda – em 28 de abril.

Márcio, que foi vacinado com o ‘quase polêmico’ lote’ no dia 5 de fevereiro, não teve seu registro confirmado nessa data no sistema, por instabilidade do Vacivida.

Quando retornou para a segunda dose, em 28 de abril, acabou-se registrando a primeira e a segunda doses nesse dia 28, o que deu a impressão de que ele – e, provavelmente, milhares de pessoas – poderiam ter tomado vacinas vencidas, o que não ocorreu, ao menos por aqui.