Semana sobre os temas acontece entre 24 e 28 de maio; mães e profissionais integram debates

Entre os dias 24 a 28 de maio, acontece a II Semana Municipal de Educação Sobre Parto e Nascimento Saudável, evento que aborda fases de gestação e puericultura, cuidado da criança, da mulher e sua rede de apoio.

A Semana é apoiada pela Lei Municipal nº. 3.529, de 13 de junho de 2019, que a instituiu no Calendário Oficial de Eventos Comemorativos do Município, em projeto de autoria do vereador Thiago Cetroni.

A realização e organização ficará por conta da doula Larissa Leite, com apoio da Secretaria de Saúde. O evento será semipresencial, com abertura presencial com poucas pessoas, seguindo protocolos sanitários, e seguido de quatro dias de live com técnicos da área da obstetrícia e puericultura, assim como relato de famílias e seus partos.

“A semana terá como principal objetivo divulgar caminhos para a melhoria do cenário de assistência humanizada ao parto e nascimento saudável em Monte Alto. Espera-se que problemas enfrentados diariamente com a saúde da mulher e da criança possam diminuir por meio da educação do usuário, informação para todos, capacitação técnica e qualidade no atendimento”, ressalta Larissa.

NÚMEROS

Monte Alto, atendeu nos anos 2017 e 2018, pelo SUS, 274 e 300 parturientes, respectivamente, na maternidade da Santa Casa de Misericórdia. O número de partos vaginais, foram de 24 e 29, enquanto as cesarianas foram de 250 e 271, nesses anos.

“A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica uma taxa aceitável de cesarianas entre 15% e 20%, dado bem discrepante quando comparado aos de Monte Alto em questão. Esses dados alarmantes do município se dão por falta de informação dos cidadãos e oportunidades de espaços educativos e redes de apoio continuada”, destaca Larissa.

NASCIMENTO

“O nascimento é apenas um dos momentos importantes para o desenvolvimento saudável dos humanos. No que tange ao tema, os cuidados desde a gestação até o fim da primeira infância necessitam de atenção especial, com foco principal nos chamados primeiros mil dias, da concepção até o segundo ano de vida da criança”, afirma Larissa.

“Neste enfoque, a assistência humanizada visa prestar atenção baseada em evidências científicas atualizadas e de qualidade que garantam o protagonismo da pessoa gestante e de sua família nas escolhas sobre o nascimento, primeiros cuidados com recém-nascido e criação dos bebês”, acrescenta.