Lintas Serayu

Vigilância em Saúde alerta para riscos de alimentar animais silvestres

A graciosidade dos macacos pode nos convencer de que eles são como os animais domésticos e, por isso, podem ser tratados como tais. Muitas vezes são encontrados pratos com fruta cortada e água sob as árvores e, o que era apenas admiração, pode se tornar um incômodo. O diretor da Vigilância em Saúde, Julio Cesar David Pereira lembrou que, “o convívio com os animais silvestres em áreas urbanas deve ser afastado e cauteloso”.

Os animais silvestres podem ser portadores de algumas doenças, a principal delas é a raiva. Por isso, é aconselhável não aproximar-se deles e nem alimentá-los. Além da raiva, outra doença que pode ser transmitida é a febre amarela silvestre, através da picada de mosquitos da espécie Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco doente, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem.

Caso haja contato e ocorra uma mordida de animais a recomendação é procurar atendimento médico. Caso o animal silvestre invada um domicílio, a Brigada de Incêndio deve ser acionada, através do telefone 199.

Segundo o biólogo Alan Vedoveli, não é adequado oferecer alimentos a animais silvestres. “O tipo de alimento, muitas vezes inadequado, pode interferir e prejudicar a saúde desses animais, alterar o comportamento, fazendo com que cada vez mais se acostumem com o contato e proximidade com humanos, além de ocasionar um crescimento populacional descontrolado e consequentemente causar desequilíbrio ambiental”.

Do mesmo modo, alimentar pombos também pode fazer mal à saúde devido as inúmeras bactérias e microrganismos que esses animais possuem, que podem deixar os humanos susceptíveis a doenças como micoses, salmonelose, criptococose, ornitose e dermatite, além de possuírem piolhos que também podem parasitar os humanos.

Os indivíduos que necessitam lidar com os pombos ou com seu habitat e que tenham contato direto com essas aves, precisam de alguns cuidados especiais como a utilização de luvas e de máscaras protetoras.

Alimentar os pombos aumenta a probabilidade de contaminação, porém as doenças podem ser causadas pela inalação das fezes desses animais depositadas no chão, janelas e calçadas, que muitas vezes não são percebidas pelos indivíduos. Para fazer a higiene correta, basta molhar o local com água e cloro e deixar o produto agir por, aproximadamente, uma hora. “É um cuidado simples que pode ser determinante para a saúde. Vamos apreciar os animais sem interferir no equilíbrio e no comportamento das espécies. Silvestres não são pet”, finaliza o diretor.

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